Introdução
Se dissermos que Deus não existe pode soar estranho quando se trata de existir no sentido quem conhecemos e sabemos sobre o que é existência. Êxodo 3.13,14 relata: “Moisés perguntou: Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: Qual é o nome dele? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”.
Uma síntese na Teologia sobre Deus diz que Deus é um Ser perfeitamente bom que em seu santo poder cria, dirige e sustenta todas as coisas.
Certamente, ninguém pode explicar Deus. Jamais o entenderemos como Ele é em sua plenitude. Nossa finitude nos limita, a fim de não termos condições de, sequer, comparar a sua glória com o que quer que seja.
Entretanto, se pudermos compreender, de alguma forma, através da nossa finitude, quem é Deus e como Ele é, nada poderá abalar a nossa fé.
Deus existe?
Lemos em Apocalipse 4.8 “Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.
Se Deus não existe, podemos com base neste texto de Apocalipse dizer que existência é a condição daquilo que foi criado. Desta forma, Deus não um ser, mas o Ser (incriado). Ou seja, não foi criado, que ou o que existe sem ter sido criado, sem ter tido princípio. O texto de Apocalipse 4.8 é uma descrição sobre como podemos entender Deus na pessoa de Jesus. Ele é a expressão exata do Pai que nós não conhecíamos.
Hebreus 1.3 “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à destra da Majestade nas alturas”.
Romanos 11.33 “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis (que não se pode explicar, incompreensível, que não se encontra fundo ou limite) são os seus juízos, e inescrutáveis (impossível de ser investigado, impenetrável) os seus caminhos”!
Jesus, a expressão exata de Deus na forma humana
Colossenses 1.16,17 “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
Subsistir no texto de Colossenses fala sobre prover em si ou através de si mesmo; manter-se, sustentar-se; conservar a sua força ou ação; perdurar; não ser abolido, suprimido, roubado ou destruído; manter-se vivo, continuar a ser e conservar-se. Romanos 11.36 “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.
Assim sendo, poderemos entender Deus, de alguma forma, somente através de Jesus. Veja o que descreveu o Profeta Isaías 55.8,9 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”.
Nossa humanidade e a pessoa de Deus
Sentimentos, atributos e todas as coisas criadas, são uma referência de que Deus está além de tudo quanto podemos imaginar. Por essa razão, é difícil a compreensão do ser humano, quando usamos adjetivos, ou qualquer associação de terminologias criadas relacionadas à “pessoa de Deus”. Nada do que sabemos e conhecemos está correlacionado Aquele que criou todas as coisas. Veja o que diz o Salmo 139.
Desse modo, nós precisamos crer que Deus existe. Entretanto, Deus não depende de que eu creia para que Ele possa existir em nossa concepção de existência De fato, crendo ou não crendo Deus é o que é, e não podemos lhe explicar. Isso significa que, você acreditando ou não, Deus continuará sendo, porque Ele é.
Conclusão
A intenção desse estudo é nos fazer parar de questionar Deus e as suas vontades e nos submeter completa e irrestritamente à Ele. Nesse sentido, também precisamos parar de julgar o que Deus faz ou deixa de fazer conforme o que Ele quer ou não fazer.
Os textos de Salmos 90.2 e Isaías 45.9, podem nos dar uma melhor compreensão sobre Ele e sobre nós “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus”; “Ai daquele que contende com seu Criador, daquele que não passa de um caco entre os cacos no chão. Acaso o barro pode dizer ao oleiro: O que você está fazendo? Será que a obra que você faz pode dizer: Ele não tem mãos”? Por fim, aproveite também para meditar no capítulo 38 do Livro de Jó. Quem sabe assim possamos compreender o incompreensível.